Por Débora Montezano Aliende e Patrícia Fernandes Ferreira Voigt
Não há uma conclusão sobre as causas que levam as empresas familiares a desaparecerem ou serem vendidas. Comumente atribui-se o insucesso a fatores externos, crises econômicas e concorrência. Porém, embora não reconhecido, sabemos que questões relativas à sucessão do patrimônio e da gestão frequentemente são o estopim para esse desfecho.
Pelo fato de possuírem vasto conhecimento sobre o negócio construído, muitos fundadores de empresas familiares optam por planejar sua própria sucessão, acreditando que os critérios utilizados como referência, tais como crenças, valores de justiça e merecimento, sejam os balizadores mais adequados.
Entretanto, na maioria das vezes, na intenção de suprimir o que poderia se tornar um problema, acabam deixando como legado um grande número de conflitos, mágoas e desentendimentos entre os membros da família.
Compreendemos que o processo de sucessão é uma das fases mais delicadas pela qual a empresa familiar poderá passar, pois nela estarão envolvidos, além de aspectos técnicos que influenciarão diretamente a saúde do negócio, também uma forte carga emocional, que está intimamente ligada a essa mudança. Afinal, para os patriarcas, o sentimento de que é chegada a hora “da passagem do bastão” pode não ser tão fácil de lidar.
Isso porque, usualmente pensamos que a sucessão na empresa familiar virá acompanhada de uma grande ruptura entre o velho e o novo, o antigo (que deu certo até então) e o moderno. Via de regra, esses mitos e anseios se acompanham de uma sucessão não planejada ou mal assessorada e, neste caso, toda a estrutura da empresa e da família, pode sim sofrer as consequências.
Se a família buscar ser assessorada por profissionais com conhecimento em um assunto que lhes é tão delicado, perceberá que o ganho obtido não será apenas sob o ponto de vista jurídico, tributário ou contábil. Preservar a história de vida e a trajetória da família empresária, trará como benefício a longevidade do negócio, o que, certamente, será o maior ganho que os fundadores poderão obter.
Estudos realizados com enfoque em empresas familiares apontam que a sucessão implementada entre a primeira e a segunda geração é determinante para o sucesso ou insucesso das sucessões futuras, visto que as próximas gerações tenderão a repetir o modelo utilizado pela família.
Nesse sentido, devemos dispensar maior atenção a esse tema, planejando e executando muito bem a sucessão, investindo nessa ferramenta como uma forma de garantir que sejam repassados às gerações futuras não só o patrimônio erguido pelo pais, mas também um negócio de sucesso.
Não podemos esquecer que, para isso acontecer é necessário que nesse processo sejam definidas regras claras e coesas, respeitando a hierarquia existente na empresa e buscando disciplinar a família e o negócio para receber novos estilos de gestão.
Para que o planejamento sucessório seja colocado em prática com êxito, é necessária a atuação de um time de profissionais multidisciplinares, qualificados e que possuam vasta experiência em empresas familiares do agronegócio.
Nesse sentido, para auxiliar no processo de sucessão, bem como no aprimoramento e profissionalização da gestão das empresas rurais familiares, a Safras & Cifras – empresa com expertise em assessorar produtores rurais em todo o Brasil há quase três décadas – conta com um grupo de profissionais qualificados que, divididos em equipes, trabalham multidisciplinarmente a fim de dar o suporte necessário e atender as necessidades dos clientes.
Débora Montezano Aliende
([email protected])
Graduada em Direito
Patrícia Fernandes Ferreira Voigt
([email protected])
Graduada em Direito