Por Miriam Bosenbecker
Após a crise que atingiu o setor econômico e político brasileiro e, diante das incertezas de quais reflexos tudo isso causará, os empresários estão à procura de novas estratégias, capazes de driblar esse momento de adversidade, buscando desenvolvimento e o tão esperado equilíbrio da economia. Contudo, mesmo diante de todo este cenário não favorável, vimos com bons olhos o setor do agronegócio, que se destaca por permanecer em crescimento e com números e estatísticas cada ano mais favoráveis, além de ser o responsável pelo saldo positivo da Balança Comercial.
Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 1,8%, porém a média anual de crescimento do PIB agropecuário, nos últimos 19 anos, tem sido de 3,6%. Em se tratando de um ano de dificuldade econômica como foi 2015, o percentual de 1,8% é comemorado pelo setor, visto que os demais setores da economia – Indústria e Serviços – tiveram queda no mesmo período. Diante destes números e com o Agronegócio em evidência, as empresas rurais têm buscado, cada vez mais, implantar a governança familiar em suas propriedades para auxiliar na organização e aprimoramento dos controles de suas atividades para que possam, com segurança, tomar as decisões corretas e expandir seus negócios.
Atualmente, governança familiar é um dos temas em evidência no Brasil, quando se fala em eficiência e transparência da gestão de uma empresa, pois trata, em linhas gerais, das melhores práticas para administrar um negócio. Os conceitos de boa governança tornaram-se fundamentais para avaliar os riscos e o retorno de um investimento. Dos quatro pilares da governança, transparência e prestação de contas ficam em evidência, devido à importância de todos os envolvidos terem conhecimento das informações, bem como de saberem como estão as contas da empresa e seu equilíbrio financeiro. No entanto, para que essa transparência e prestação de contas fique cada vez mais evidente e seja compartilhada entre todos os sócios da empresa, inserimos ao processo os controles gerenciais, que auxiliam no controle de custos, análise e capacidade de investimentos e endividamento, organização de fluxo de caixa, bem como apresentam indicadores de eficiência das atividades, facilitando a interpretação dos sócios sobre os números do negócio.
Os controles gerenciais são importantes não só para a análise do negócio e a tomada de decisões de expansão ou redução de áreas, mas sim para mostrar aos sócios como está a saúde do negócio, bem como se o resultado aferido durante a safra comporta todos os investimentos a serem realizados, retiradas mensais de sócios ou compromissos financeiros assumidos em outras safras. A partir e, aliado, a estes controles, deixamos regrado e claros os princípios da governança, tendo transparência nos números e prestando contas aos sócios atuantes ou não no negócio.
Pensando neste processo e em seus benefícios, onde podemos citar a criação de controles e rotinas administrativas, estabelecimento de relação profissional entre pais e filhos e preparação da sucessão do negócio, a Safras & Cifras, empresa atuante a 26 anos no setor do agronegócio e especializada em governança familiar e controle gerenciais, evidencia a importância dos controles e organização familiar para que as propriedades, assim como sócios, herdeiros e sucessores tenham cada vez mais sucesso e longevidade em seus negócios.
Miriam Bosenbecker
Bacharel em Administração
Bacharel em Ciências Contábeis
Graduanda de MBA em Gestão Estratégica de Custos
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